13 de jan. de 2010

Onde Vivem os Monstros estreia sexta feira, 15 de janeiro

Dica de filme
Para adultos e crianças. Ainda não vi, mas pelo trailer deve ser muito bom. Vale a pena ver no cinema, pelas cenas lindas e a fotografia muito fóda.
A trilha é da Karen O, vocalista do Yeah yeah yeahs.

As expressões e personalidades dos monstros do livro de Maurice Sendak ganharam grandes dimensões em "Onde Vivem os Monstros". O ar selvagem dos personagens ilustrados foi intensificado por vozes famosas e há quem possa considerá-los assustadores demais para uma história infantil. Não que comentários do tipo intimidem Spike Jonze. Inspirado no escritor norte-americano, o cineasta deixa claro seu maior interesse: fazer uma obra sobre a infância e não para crianças.
Este é um dos pontos em comum que descobriu com Sendak, mencionado com admiração durante entrevista coletiva feita no final do ano passado em Los Angeles, nos EUA, ao lado de atores e membros da equipe. "Maurice (Sendak) escreve sobre a infância de forma expressiva. As combinações do texto com as ilustrações criam poemas visuais, numa linguagem que crianças entendem", afirmou.
Assim como na obra escrita, a adaptação tem como mote o momento de raiva, confusão de sentimentos e reações pouco "comportadas" de Max, um garotinho de cerca de oito anos interpretado nas telas por Max Records. Na trama, o protagonista tem sua angústia justificada por algumas relações familiares que não consegue entender: sua irmã adolescente já não se interessa por brincadeiras e sua mãe, além do pouco tempo livre, tem um namorado.



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Maurice Sendake, autor do livro clássico ''Onde Vivem os Monstros'', conversa com Spike Jonze nos bastidores
Ao se sentir só, Max vive um momento de fúria, briga com a mãe e foge para um matagal da vizinhança, numa das decisões mais controversas na produção do roteiro. "Desde o início queria que Max saísse de casa e não que fosse para o quarto que se transformaria magicamente (como no livro). Esta foi a única coisa em que eu e Maurice discordamos durante o processo do filme", declara num livro especial sobre os bastidores da produção, deixando clara a participação ativa do autor na adaptação.
Solitário, o garoto faz uma viagem fantástica e vai para longe, numa terra habitada por monstros temíveis, capazes de assustar até os espectadores adultos, a princípio. Além de gigantes, peludos, com narizes e garras enormes, têm personalidades e vozes fortes. O mais emblemático é o líder Carol, o que mais se aproxima de Max.
Ao mesmo tempo carinhoso e agressivo, Carol ganhou uma interpretação convincente de James Gandolfini, conhecido como o mafioso Tony Soprano da série de sucesso da HBO "Família Soprano". Destacam-se ainda a meiga e maternal KW (Lauren Ambrose), espécie de contraponto ao tom intempestivo de Carol; e Judith (Catherine O´Hara), falante e questionadora. Afim de ganhar espaço e não ser devorado pelos monstros, Max se impõe e se torna rei. A partir de então a trama gira em torno de sua relação dentro deste grupo, em meio a personagens que parecem representar alguns de seus sentimentos.

Interação do elenco de vozes
Para ajudar a compor os monstros, Jonze preferiu fugir do método convencional em estúdio, em que cada ator grava individualmente sua voz, e reuniu o elenco numa sala lúdica, cercada por câmeras, para que interagissem nas cenas e produzissem as expressões dos personagens.

Esta espécie de "workshop" foi uma sugestão da atriz Catherine Keener, amiga pessoal e parceira de trabalho em filmes como "Quero ser John Malkovich" e "Adaptação". "Queríamos gravar todos os movimentos e observar o que cada um tinha para o personagem", explica a atriz. Além de interpretar a mãe de Max, Keener acumulou a função de preparadora de elenco e improvisou no papel do próprio Max a pedido de Jonze, para que Max Records não corresse o risco de perder a espontaniedade infantil com tantos ensaios. 
O processo durou quatro semanas e norteou os outros atores que entrariam nas fantasias durante as filmagens na Autrália. "Acho que eles sofreram mais que nós, mas não nos encontramos", brincou Catherine O'Hara, voz de KW, ao se referir aos "manipuladores" dos bonecos. O resultado, apesar de trabalhoso, valeu a pena na visão de Jonze. "Me agrada a maneira como os atores falam simultaneamente uns com os outros. Há um grupo de pessoas e todos falam e reagem", opina.

Eu, Spike e Guilérmi. Novembro de 2009
fonte: uol 
texto; THAÍS FONSECA, Enviada especial a Los Angeles*

3 comentários:

Eu Ovo disse...

e parece que o filme está mais para adultos que para crianças.
apesar de falar da infância - o filme não foi feito para os infantes.
dá pra baixar em boa qualidade aqui:
http://daporramusicas.blogspot.com/
e lá tbm dá pra baixar a trilha sonora da Karen O.
bjunda!

Didiu Rio Branco disse...

eu ovo o ovo

Contra o superficial?Nada? Ou nadar para o fundo... produndo... disse...

Gente, onde foi a estreia desse filme. Pq eu nao consegui encontrar!